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1.
Hematology, Transfusion and Cell Therapy ; 43:S510, 2021.
Article in English | EMBASE | ID: covidwho-1859705

ABSTRACT

Objetivos: Relatar caso fatal de hemorragia cerebral e complicações tromboembólicas após realização de vacina ChAdOx1 nCoV-19. Relato de caso: Mulher, 22 anos, obesa, é encaminhada ao serviço de urgência por quadro súbito de alteração na fala e perda de força em hemicorpo esquerdo 10 dias após receber a primeira dose da vacina ChAdOx1 nCoV-19 (Astrazeneca). Há 3 dias com cefaleia holocraniana persistente refratária ao uso domiciliar de analgésicos. Sem história prévia de doenças crônicas, uso de medicações ou hospitalizações. Na admissão, Escala de Coma de Glasgow de 11 pontos, disartria e hemiplegia de membro superior esquerdo. Foram realizados angiotomografia de crânio e tórax com sinais de trombose do seio sagital, coleções hemorrágicas intraparenquimatosas nos lobos parietal e occipital à direita, compatíveis com evento vascular hemorrágico recente, além de tromboembolismo pulmonar agudo em ambas as artérias pulmonares principais e seus ramos. Exames laboratoriais: plaquetopenia (34.000/mm³), hemoglobina de 13,2 g/dL, INR de 1,31, tempo de tromboplastina parcial ativada (TTPa) de 39,1 segundos (TTPa controle: 32,5 segundos), fibrinogênio de 54 mg/dL (VR: 200 a 400 mg/dL), d-dímeros 35,20 ug/mL (VR: até 0,5 ug/mL). Também foi realizada dosagem de anticorpos anti fator plaquetário 4 (Anti-PF4), mas sem resultado imediato do teste. Após 4 horas da admissão hospitalar, nova imagem de crânio foi realizada e mostrou aumento da hemorragia intracraniana. Mesmo após o manejo terapêutico inicial com suporte de terapia intensiva, imunoglobulina intravenosa 1 g/kg e dexametasona 40 mg, cerca de 12 horas da admissão, não houve resposta neurológica satisfatória, evoluindo para morte encefálica. Alguns dias após o óbito, resultado detectável de anticorpos anti-PF4. Discussão: As vacinas são as principais ferramentas para controle da pandemia da COVID-19. Consequentemente, com a vacinação de grande parte da população mundial, vários casos de eventos tromboembólicos e plaquetopenia foram reportados em indivíduos que receberam a vacina ChAdOx1 nCoV-19 (Astrazeneca) e, mais recentemente, nos que receberam a Ad26.COV2.S vaccine (Janssen), em um intervalo de 5 a 30 dias da aplicação. Esta síndrome recebeu o nome de trombocitopenia trombótica imune induzida por vacinas (VITT), que apesar da incidência ainda ser desconhecida, é considerada rara. Os achados clínicos são muito semelhantes aos encontrados na trombocitopenia imune induzida por heparina (HIT): plaquetopenia (mediana de 20.000 a 30.000/mm3), elevação de d-dímeros, níveis reduzidos de fibrinogênio e evidência de trombose, principalmente trombose de seio venoso cerebral. Além disto, ocorre presença de altos níveis de anticorpo anti-PF4, mesmo na ausência de exposição à heparina. O manejo terapêutico deve ser realizado com uso de imunoglobulina intravenosa, corticoides em altas doses e anticoagulação (preferencialmente por agentes não-heparina), minimizando as transfusões de plaquetas (apenas para casos com sangramento crítico). A despeito da síndrome ser potencialmente fatal, os benefícios da vacinação superam os riscos. Conclusão: Apesar da VITT ser uma síndrome rara, a crescente vacinação da população exige que a comunidade médica saiba identificar e manejar esta condição.

2.
Hematology, Transfusion and Cell Therapy ; 43:S212-S213, 2021.
Article in English | EMBASE | ID: covidwho-1859609

ABSTRACT

Descrição do caso: Paciente masculino, 76 anos, sem comorbidades, transferido de unidade básica de saúde por choque hipovolêmico devido a lesão vascular após punção arterial. O mesmo tinha sido levado por tosse, febre e alteração do estado de consciência. Foi iniciado antibiótico, reposição volêmica, afastado Covid e angioTc de membros inferiores com extravasamento do contraste em artéria femoral direita e infiltração difusa na medula óssea. Exame físico: Taquicardia, SO2 95% com O2 2 litros/min, Glasgow 11 sem déficit focal, roncos pulmonares bilaterais e presença de hematoma em região inguinal à direita com extensão para área lombar, glútea e escrotal sem palpação de frêmito. Exames: Hb 6.2 g/dL, plaquetas 67.000/uL, leucócitos totais 17.810/uL, creatinina 4.42 mg/dL, cálcio 10.6 mg/dL, albumina 2.6 g/dL, TP 63%, TTPa 50.9s, D-dímeros 3.34 ug/mL, LDH 443 U/L, fibrinogênio 240 mg/dL. RNM do neuroeixo com infiltração difusa na medula óssea da coluna vertebral e fraturas em T3, L1 e L3. Eletroforese de proteínas com imunofixação sérica e urinária sem banda monoclonal, cadeias leves Lambda 2.66 mg/L, cadeias leves kappa 2.62 mg/L, relação Kappa/Lambda 0.98, IgG 269 mg/dL, IgM 13 mg/dL, IgA mg/dL e B2-microglobulina 6.441 ng/mL. Demais exames sem alterações significativas: perfil hepático, reumatológico, metabólico, punção lombar, tomografias crânio, tórax e abdominal. Mielograma com infiltração por plasmócitos de aspecto neoplásico (78%), imunofenotipagem 57.51% de células plasmáticas totais (57.5% compatíveis com plasmócitos neoplásicos). BMO hipercelular (80%), infiltração difusa e multifocal por plasmócitos. IHQ CD138+, CD38+, ciclina+, CD3+, CD20-, CD56-, Kappa-, Lambda-, vermelho congo negativa, sugerindo Mieloma múltiplo (MM) não secretor, não produtor - ISS III. Ante ECOG de 4 e idade foi optado por paliação. Na alta hospitalar o paciente estava com resolução da coagulopatia, melhora da anemia e normalização da função renal. Discussão: O MM é uma neoplasia de células plasmocitárias caracterizada pela produção de imunoglobulina monoclonal, representa 10 a 15% das malignidades hematológicas com predomínio no sexo masculino. Incidência aumenta com idade, sendo 90% em pacientes > 50 anos. Critérios diagnósticos são resumidos no acrônimo SLiM CRAB. A distribuição da proteína monoclonal sérica ou urinária identifica-se em 97%: 50% IgG, 20% IgA, 20% cadeias leves e < 10% entre IgD, IgE, IgM ou pico biclonal. O restante 3% corresponde à variante não secretora, e, se os plasmócitos clonais são incapazes de produzir imunoglobulina, configura-se além, como não produtor. O MM não secretor (MMNS) verdadeiro baseia-se na presença de 30% de células plasmocitárias monoclonais OU plasmocitoma confirmado por biópsia, tem sido descrita associação com t(11,14)(q13;q32). Dentro das manifestações clínicas estão a imunoparesia secundária, ausência de insuficiência renal e hipercalcemia. Na apresentação do paciente a avaliação foi prejudicada decorrente do choque hipovolêmico e insuficiência renal aguda pré-renal. O prognóstico do MMNS é melhor na vigência de tratamento que inclua imunomodulador e inibidor de proteassoma quando comparado ao do MM com proteína M detectável, embora o desfecho dos pacientes que foram a TCTH autólogo não teve diferença significativa. Conclusão: MMNS é um subtipo raro com pouca literatura disponível, sendo um desafio realizar o diagnóstico, avaliação da resposta e recaída ante a falta de quantificação do pico monoclonal.

3.
Hematology, Transfusion and Cell Therapy ; 43:S175-S176, 2021.
Article in Portuguese | EMBASE | ID: covidwho-1859605

ABSTRACT

Introdução: Leucemia cutânea é caracterizada pela infiltração por leucócitos neoplásicos na pele. As formas mais comuns de leucemia que acometem a pele são Leucemia linfocítica crônica (LLC) e Leucemia mielóide aguda (LMA), dentre essas com morfologia monocítica ou mielomonocítica. Geralmente, o acometimento cutâneo é indicativo de doença avançada. Relato: Paciente masculino, 62 anos, sem comorbidades ou uso de medicações. Encaminhado da UPA para emergência do HCPA referindo astenia progressiva, perda ponderal de 12 kg há 2 meses com surgimento de “equimoses” em membros inferiores há 3 semanas, febre e secreção nasal recorrente. Ao exame: mau estado geral, desidratado, extremidades frias. Sinais vitais com taquicardia leve (FC 110) demais estáveis. Exames externos: Hb 5,8 g/dL, VCM 102, RDW 18,8%, leucócitos totais 11080/uL com diferencial de neutrófilos 665 /uL, monócitos 6759/uL, plaquetas 35.000/uL. Recebeu suporte transfusional após exames admissionais: Hb 3,7, plaquetas 26.000, demais sem alterações significativas. Exames de investigação: tomografia compatível com rinossinusite fúngica invasiva. Iniciado voriconazol empírico e realizada turbinectomia, etmoidectomia anterior, uncinectomia e antrostomia maxilar. Realizou medulograma com celularidade diminuída nas três séries com 4% de blastos e 60,5% de monócitos atípicos, sugestivo de Leucemia Mielomonocítica Crônica e imunofenotipagem compatível com LMA de comprometimento da linhagem monocítica (43,7% de células monocíticas com expressão de HLADR, CD64 forte, CD33 forte e coexpressão de CD56). Lesões de pele avaliadas pela dermatologia: máculas e manchas purpúricas e confluentes em coxas e pernas, com descamação. Lesões semelhantes de aspecto residual em abdome e membros superiores. Pápulas com brilho perolado em face, com telangiectasias a dermatoscopia. Biópsia de pele com punch de 4 mm teve o resultado do anatomopatológico de infiltrado mononuclear intersticial discreto com células maduras incluindo plasmócitos e células de tamanho médio e padrão imaturo e a imunohistoquímica demonstrou infiltração dérmica por células imaturas de perfil mielomonocítico, compatível com sarcoma mielóide. Devido a infecção fúngica invasiva foi optado por não iniciar quimioterapia até sua resolução. Paciente apresentou piora do padrão ventilatório no dia 05/07 tendo PCR para SARS-CoV-2 positivo, sendo transferido a UTI e evoluindo a óbito por complicações do quadro pulmonar. Discussão: A leucemia de apresentação cutânea é rara e na LMA está presente em 13% dos casos. As formas de apresentação mais comuns são pápulas e nódulos (60%) e em casos mais raros ocorre eritema, eritrodermia ou úlceras. A lesão do paciente era atípica e inicialmente foi avaliada como equimose, o que corrobora a importância de diagnósticos diferenciais de lesões cutâneas. O tratamento se dá através de protocolos guiados para a leucemia de base com quimioterápico sistêmico agressivo, que no caso do nosso paciente seria o protocolo 7+3. Em alguns casos, pode-se realizar radioterapia, porém ela é mais usada no tratamento de casos refratários ou paliativos. Leucemia cutânea geralmente tem o prognóstico desfavorável e o follow-up de dois anos dos pacientes com LMA demonstrou 6% de taxa de sobrevivência para casos com acometimento cutâneo versus 30% sem tal apresentação.

4.
Hematology, Transfusion and Cell Therapy ; 43:S103, 2021.
Article in English | EMBASE | ID: covidwho-1859598

ABSTRACT

Introduction: Diffuse Large B-cell lymphoma (DLBCL) is the most common non-Hodgkin lymphoma, which accounts for approximately 30% of all non-Hodgkin lymphoma cases. Spontaneous remission of DLBCL is exceedingly rare, with only a handful of case reports that describe the phenomenon present in the literature. Specialists are investigating similar cases to find out whether the SARS-CoV-2 infection triggered an antitumor immune response, as has been described with other infections in the context of high-grade non-Hodgkin lymphoma. We report one case of an elderly woman with EBV positive DLBCL diagnosed with PCR-positive SARS-CoV-2 pneumonia in the course of the disease and their outcomes. Case report: A 81 years-old woman, was referred to the consult ambulatory of intern medicine with progressive cervical, axillary and inguinal lymphadenopathy with local pain, fever and weight loss. The biopsy of an axillary lymph node demonstrated diffuse atypical lymphoid infiltrate. Immunohistochemistry stains showed positive CD20, CD30, Bcl-2 and MUM-1. It was negative for CD3, CD10, Bcl-6, c-Myc and CMV. The Ki-67 proliferation index was 80%. Epstein-Barr virus (EBV) stain were positive. These findings were consistent with DLBCL, EBV positive, clinical Stage IIIB and R-IPI 4 (poor prognosis and high risk). Since PET-CT was unavailable, thorax and abdomen computed tomographies were performed and revealed enlarged lymph node on pulmonary hilum, pathological lymph node enlargement in the axillary and supraclavicular chains bilaterally and peri aortocaval adenomegaly, extending along the bilateral femoral iliac vessels (larger lymph nodes of 2.5cm). She was treated with 4 cycles of R-CVP (rituximab with cyclophosphamide, vincristine and prednisone). When an interim PET-CT was performed, disease progression was revealed (Lugano score 5). Therefore, considering patient age and clinical status, treatment scheme was changed to R-mini-CHOP (rituximab with reduced doses of cyclophosphamide, doxorubicin, vincristine and prednisone), achieving partial response after 4 cycles (Lugano score 4). A month after this evaluation, she was admitted to the Emergency Department with diarrhea, fever and was diagnosed with PCR-positive SARS-CoV-2 pneumonia. After 6-days hospitalization with no significant ventilatory impairment, she was discharged. No corticosteroid or immunochemotherapy was administered. Two months later, she had no palpable lymphadenopathy and a PET/CT scan revealed widespread resolution of the lymphadenopathy and reduced metabolic uptake throughout (Lugano score 1). After a 7-months follow-up, the patient still has no clinical relapse. Discussion: The putative mechanisms of action include cross-reactivity of pathogen-specic T cells with tumour antigens and natural killer cell activation by inammatory cytokines produced in response to infection. It is important to consider that the more cases of SARS-CoV-2 infection in patients with non-Hodgkin lymphoma, the more likely it is to analyze lymphoma remissions and demonstrate the exact mechanism of pathogen-specific T cells with tumor antigens. Conclusion: Because spontaneous remission of DLBCL associated with SARS-CoV-2 infection is a new event, careful investigation of these cases is important, because the information gained may lead to new therapeutic targets or treatment strategies for future patients.

5.
Open Forum Infectious Diseases ; 8(SUPPL 1):S16-S17, 2021.
Article in English | EMBASE | ID: covidwho-1746815

ABSTRACT

Background. mRNA vaccines for coronavirus disease 2019 (COVID-19) illicit strong humoral and cellular responses and have high efficacy for preventing and reducing the risk of severe illness from COVID-19. Since solid organ transplant (SOT) recipients were excluded from the phase 3 trials, the efficacy of the COVID-19 vaccine remains unknown. Understanding the serological responses to COVID vaccines among SOT recipients is essential to better understand vaccine protection for this vulnerable population. Methods. In this prospective cohort study, a subset of SOT recipients who were part of our center's larger antibody study were enrolled prior to receipt of two doses of the BNT162b2 (Pfizer, Inc) vaccine for high resolution immunophenotyping. To date, plasma has been collected for 10 participants on the day of their first dose (baseline), day of their second dose, and 28 days post second dose. 23 healthy participants planning to receive either BNT162b2 or mRNA-1273 (ModernaTX, Inc) were also enrolled, providing plasma at the same timepoints. Ultrasensitive single-molecule array (Simoa) assays were used to detect SARS-CoV-2 Spike (S), S1, receptor-binding domain (RBD) and Nucleocapsid (N) IgG antibodies. Results. Participant demographics and SOT recipient characteristics are summarized in Table 1. Low titers of anti-N IgG at all timepoints indicate no natural infection with COVID-19 during the study (Fig 1A). There were significantly lower magnitudes for anti-S (p< 0.0001), anti-S1 (p< 0.0001), and anti-RBD (p< 0.0001) IgG titers on the day of dose 2 and day 28 post second dose for SOT recipients compared to healthy controls (Fig 1B,C,D). Using the internally validated threshold of anti-S IgG >1.07 based on pre-pandemic controls, only 50% of the SOT sub-cohort responded to vaccine after series completion (Fig 2). There was a positive trend between months from transplant and anti-S IgG titer (Fig 3). Black error bars denote median and 95% CI. The dotted line on panel B denotes an internally validated cutoff of 1.07;anti-S IgG titers greater than 1.07 denote a positive response. SOT recipients further out from transplant tend to have a higher anti-S IgG response. The dotted line denotes an internally validated cutoff, with anti-S IgG titers greater than 1.07 indicating a positive response. Conclusion. SOT recipients had a significantly decreased humoral response to mRNA COVID-19 vaccines compared to the healthy cohort, with those further out from transplant more likely to respond. Further research is needed to evaluate T-cell responses and clinical efficacy to maximize the SARS-CoV-2 vaccine response among SOT recipients.

6.
Hematology, Transfusion and Cell Therapy ; 42:241-242, 2020.
Article in Spanish | ScienceDirect | ID: covidwho-892881
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